E no início eram Serigy e sua trupe vendo uma ruma de pano chegar, “que era aquilo?!” Não pensou ele, pois alguém já estava sorrindo para outrem. Talvez a Caipora, talvez fosse o Curupira o que estivesse indo na direção daqueles que na frente diziam: Ordem e Progresso! Signos e Símbolos! Zeros e cifras! Não, ele não entendia... Apenas que se era a caipora correndo, ela estaria voltando, ou indo porque não se via direito e... (Vieira arria e traduz para nós) “NÃO!” - Irrompe Von den Steinen e germanicamente grita: “Ama!” ERRADO: CAIPORA É DOS TUPIS, serigy NÃO É TUPI, DESTE MODO NÃO LHE É AUTORIZADO ESTE TIPO DE APROPRIAÇÃO! “Como não?” – grita Oswald. – “Direi eu que é isto o que nos unirá para não nos destruir...” e volta o alemão a gulturalizar enquanto o então paulista lhe mostra então que é melhor deglutir sua sapiência. Serigy na confusão. Chega, empunhando um livro de anotações, um reforço de além-mar reforçando o papo dos signos e símbolos e exala “Fermé!”. -Ajuda-me Vieira (!!!)- Fechado. Estou com a moeda, não sou o vilão, mas estou com a moeda. E A LÍNGUA SE DESENVOLVE.
Pensamentos
Estruturas
Nomenclaturas
Sociedades
Escolhas
TAMBÉM!
Instaura-se a Ordem. Duma viagem, caravelas estão prontas para desembarcar. Serigy ainda atônito pensa se está vivo. Não entende o porquê daquilo até que antes de arribar, Vieira vem e esquecendo que não é bem-vindo no momento, que ali não é seu lugar, tenta, sem metáforas, ajudar o nosso herói e lhe explica que estamos em 68. Mas Serigy não sabe o que é nem “6” nem “8”. Vieira novamente lhe diz que ele deve pensar, mas Serigy não entende. O que ele entende é que sua terra está sendo tomada por alguma coisa diferente, mas mesmo assim ele ainda não se dá conta. Oswald boqueja com Vieira: “tupi or not tupi?”. E a Europa entra em combate num campo de batalha canibal. Parte fraca contra parte forte. Olha a faca! Uma faca incisiva numa fé amolada.
Serigy
corre
corre
corre
A este tipo de batalha ele não está acostumado, então vai, olha pra frente, pro lado, avança , desvia, segue, pula arbusto, abaixa do galho, avista, se sente atraído, se aproxima, trepa, pula, corre, olha pra trás, sente medo. Pára.
Ele então entende que não entende porque ele não é ele. E aqui a entonação faz a diferença. SERIGY é HISTÓRIA. Precisa se reinventar. Mutante ele profere as palavras mágicas:
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Uh!
Agora vem ele: Sergynho. Mas ninguém o conhece.
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